quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Carta Aberta da Reunião Geral do Comando de Greve dos Estudantes da UNIFESP-Guarulhos

Não à repressão ao movimento grevista!
Negociação do calendário de provas e trabalhos!
Reposição de todas as aulas!


Estas bandeiras de luta, construídas na Assembléia Geral de Estudantes do campus, antecipou as negociações com a Reitoria e CONSU, e constituiu-se como importante instrumento de luta antes de discussão da pauta de reivindicações, buscando preservar todos os estudantes, independente da sua posição contra ou a favor da greve.
Transcrevemos na integra a ata unilateral enviada pela Reitoria:

Não à repressão ao movimento grevista: o Diretor do Campus e o Reitor afirmaram por mais de uma vez que não há motivo para retaliação aos alunos, já que há apoio à pauta apresentada inicialmente, por considerarem que em nenhum momento foram desrespeitados e que os alunos manifestaram abertura para construção de um processo de diálogo.”

Reposição de todas as aulas: concordância a reivindicação por reposição, destacando que a metodologia só poderia ser definida após o encerramento da greve, como amplo estudo caso a caso. Após o encerramento da paralisação a instituição irá propor aos colegiados calendários possíveis para reposição. Este encaminhamento será levado a efeito também no âmbito do Conselho Provisório de Campus, instancia máxima de governo do campus em que estão representados os seis do campus, alunos e técnicos administrativos. A administração esclareceu que não pode obrigar os professores a reporem numa medida impositiva e ressaltou a disposição de minimizar os prejuízos inerentes a qualquer greve, garantindo a qualidade de ensino e o compromisso com a excelência. As propostas de reposição serão baseadas nas possibilidades previstas na lei e cumprindo as exigências da lei, mas contando com a margem de manobra em que os cursos podem decidir, dentro dos parâmetros estabelecidos no CPC, estratégias de reposição ”

Negociação do calendário de provas e trabalhos: esta previsto no ponto anterior este compromisso assim como no que se refere a reposição”

Trabalharemos para que seja valorizado o diálogo e a negociação entre os três segmentos, de modo unificado, e consideramos o Conselho Provisório de Campus a instância responsável por deliberar a respeito do novo calendário acadêmico do campus, respeitando as diferentes especificidades, inclusive a dos formandos, e a autonomia dos diferentes cursos e disciplinas no que se refere aos programas e às avaliações.

Parte significativa dos colegiados de curso apresentou, em seus comunicados, a posição de se pronunciar ou negociar o novo calendário acadêmico e a reposição de aulas após o fim da greve – questão que, vale ressaltar, será decidida autonomamente pela Assembléia dos Estudantes da UNIFESP-Guarulhos.

A disposição de negociação entra em sintonia com nosso objetivo de garantir o diálogo necessário para a construção de um novo calendário e o bom prosseguimento das atividades acadêmicas após a suspensão da paralisação.

Ocorre que, após intensa luta para realizar a reunião com a Reitoria, Diretoria de Campus e ler na integra nossa carta “À reitoria da Universidade Federal de São Paulo” no CONSU, temos outra luta pela frente: combater retaliações aos estudantes e vencer a resistência de alguns professores, que em alguns casos chegam a ameaças explícitas de prejuízo no rendimento acadêmico aos estudantes que não entregarem trabalhos ou não cumprirem com um “cronograma de encerramento do semestre letivo” unilateral e antidemocrático, desrespeitando o direito de mobilização e da luta que evidenciou os desmandos de anos de promessas não cumpridas e descaso.

Frente aos diversos precedentes para retaliação, não vacilaremos: que nenhum estudante seja prejudicado no momento posterior à greve, no qual deve entrar em vigor novo calendário acadêmico e ter início a reposição de aulas e entrega de trabalhos.

Esta é a nossa luta!

Guarulhos, 30 de novembro de 2010
Comissão de Comunicação – Unifesp Guarulhos
Fonte: http://unifespemgreve.wordpress.com/

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