quinta-feira, 22 de setembro de 2011
[26-30 / set] II Semana de Gênero e Sexualidade(s) da Unifesp
[15 / out] V SIMPÓSIO DO CRIA – UNIFESP
O evento é voltado para profissionais e estudantes das áreas de saúde, educação, etc.
Programação e inscrições no site.
Quando: dia 15/10/2011 das 08h às 17h30.
Valor: R$ 100,00 até 11/10 e R$ 120,00 no local. Estudante paga meia.
Onde: Anfiteatro Marcos Lindemberg, Rua Botucatu nº 862 segundo andar (Edifício dos Anfiteatros)
Site: http://www.cepp.org.br/eventos/cria/2011/
Contato: CRIA-UNIFESP, (11)5082-3961, Falar com Alessandra
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Seminário Municipal: O QUE ESTÁ EM JOGO COM AS MUDANÇAS NO CÓDIGO FLORESTAL?
No auditório Bento Prado Jr, do Paço Municipal de São Carlos
[esquina das ruas Episcopal e Major José Inácio, no centro]
Convidados:
Victor Ranieri | Engenheiro Agronômico, mestre e doutor pela USP, é professor e pesquisador da área de gestão ambiental na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP).
Luiz Zarref | Engenheiro Florestal e mestre em Agroecologia, é dirigente da Via Campesina, organização que congrega diversos movimentos sociais ligados à questão agrária.
Sobre a proposta do Seminário:
O Código Florestal é uma das bases da legislação ambiental brasileira, e o Congresso Nacional está discutindo alterações nessa lei. Mas apesar da importância desse debate, ele não tem sido tratado com a profundidade necessária, e está ainda muito distante da população em geral.
As mudanças propostas trazem enormes impactos, não apenas pra preservação da florestas, mas pra todos nós e nosso direito à água, ao alimento saudável e à qualidade de vida. Qual a importância do Código para a sociedade? O que está sendo alterado e por quais motivo? Quais as consequências dessas alterações para a vida de todos nós e as alternativas a elas?
Pra trazer essa discussão de forma mais aprofundada para toda a comunidade são-carlense é que foi pensado esse Seminário. Ele está sendo organizado pelo Comitê em Defesa do Código Florestal - São Carlos, que reúne estudantes e cidadãos são-carlenses interessados na pauta do Código Florestal. Maiores informações sobre o
Estão todos convidados!
[19-23 / set ] 3ª Semana de Educação Musical da UNESP
A terceira edição da Semana de Educação Musical, promovida pelo Instituto de Artes (IA), Câmpus de São Paulo, que começa dia 19, segunda-feira, às 9h, e prossegue até o dia 23, sexta-feira, elegeu como tema geral "A formação do professor de educação musical: ideias, conceitos, estratégias, ações". De acordo com as organizadoras, o evento comportará várias esferas de discussão.
“A temática ganha destaque pelas preocupações que rondam a formação de professores em todas as áreas do conhecimento, em razão da crise pela qual passam os sistemas de educação do País”, diz Marisa Trench de Oliveira Fonterrada, professora aposentada e ex-diretora do IA.
Entre os tópicos de que se ocuparão os pesquisadores e educadores de várias regiões brasileiras e do Exterior, destacam-se o exame dos critérios que determinam as políticas públicas relacionadas à Educação Musical, a discussão de novas pedagogias que enfatizem os aspectos lúdicos e criativos da aprendizagem, e a disseminação do conhecimento das pesquisas já realizadas no Brasil e em outros países.
Dividida em comunicações, conferências e minicursos, a III Semana de Educação Musical busca a articulação entre a temática geral e os enfoques dessas subdivisões. “Os temas das mesas cercam o tema principal e lhe dão contexto”, confirma Marisa. Assim, serão abordadas questões como “A educação musical e as políticas públicas”, “O papel do jogo na educação musical”, “A formação do professor” e “Educação musical: questões da contemporaneidade”.
Os minicursos, sempre com carga horária de três horas, vão trabalhar com escuta criativa e exercitar a reflexão acerca do ensino e aprendizagem da música, além de apresentar diferentes técnicas de trabalho coletivo ligadas à voz, ao corpo, à execução instrumental e à ampliação dos referenciais musicais.
Entre os conferencistas, estarão o secretário de Educação de São Paulo, Herman Voorwald, reitor afastado da Unesp, que fará conferência no dia 19, às 15h; Estelle Jurgensen, da Universidade Indiana, nos Estados Unidos; Íris Yob, da Universidade Walden, também nos EUA; João Cardoso Palma, secretário-adjunto de Educação do Estado de São Paulo e professor do IA; e o casal Eleanor James, da Universidade de Toronto, e R. Murray Schafer, da Universidade Simon Frazer, ambas no Canadá.
O Instituto de Artes da Unesp fica na rua Dr. Teobaldo Ferraz, 271, bloco I, na Barra Funda, defronte ao Terminal do Metrô. Todas as apresentações são gratuitas. Outras informações e a programação detalhada do evento podem ser encontradas aqui.
Para assistir ao vivo a transmissão da semana, acesse aqui.
UFABC desenvolve proposta diferenciada para ensino superior
Estudo realizado na Faculdade de Educação (FE/USP) traça um panorama a respeito da Universidade Federal do ABC (UFABC). Instalada em dois campi, em Santo André e São Bernardo do Campo, no ABC paulista, a instituição tem um projeto pedagógico diferenciado, oferecendo cursos com viés interdisciplinar: os bacharelados em Ciências & Tecnologia (BC&T) e Ciências & Humanidades (BC&H), ambos com duração de três anos. Após a primeira parte da graduação, o aluno pode, posteriormente, completar sua formação com outras carreiras oferecidas pela universidade, como Economia, Engenharia ou Licenciaturas em Matemática, Física e Filosofia, por exemplo. “Trata-se, sem dúvida, de uma proposta inovadora, que tenta dar ao aluno liberdade de escolher o que quer fazer”, avalia a historiadora Tatiana Carvalho, autora da pesquisa.
Porém, o projeto ainda é mal compreendido pelos alunos e pela sociedade, aponta a pesquisadora. “Boa parte das pessoas está acostumada com cursos de formação voltados para o mercado. A maioria dos ingressantes em BC&T almeja fazer Engenharia, e não o bacharelado. São pouquíssimos os estudantes que param na primeira graduação”, explica Tatiana. Ela ressalta que tal ideal vai contra as intenções da universidade, que quer se tornar um lugar voltado para a pesquisa – 52% dos 510 alunos matriculados na pós-graduação contam com bolsas auxílio, da Capes, Fapesp, CNPq ou da própria UFABC. Outro pilar importante do projeto da Federal do ABC é a inclusão: 50% de suas vagas são destinadas a estudantes da rede pública de ensino.
Problemas: evasão e interdisciplinaridade
A distância entre as perspectivas da academia e do mercado é, segundo Tatiana, a principal causa para a evasão: quase 50% dos ingressantes em BC&T deixaram o curso — um percentual acima da média para os cursos de Exatas. “Um levantamento interno da UFABC, apontou outras razões. São elas: a falta de prestígio da instituição; a dificuldade das disciplinas, que são trimestrais, mas com o mesmo conteúdo que uma semestral teria; a falta de traquejo de alguns professores, que são, em grande parte, jovens doutores; e, por fim, a dificuldade de conciliar estudo e trabalho”, conta a pesquisadora.
O caráter interdisciplinar do currículo também é questionado por muitos alunos da instituição. “Muitas disciplinas têm problemas porque seus professores ainda não entenderam a proposta, uma vez que vieram de outras universidades, que usam o modelo tradicional”, comenta Tatiana, cujo estudo se baseou em entrevistas com alunos, professores e funcionários da instituição e também em análises do projeto pedagógico e de documentos relativos à UFABC.
“No ABC, e não do ABC”
Outro tema importante da pesquisa é a maneira como a universidade se insere no local onde se encontra, o ABC paulista. A região atualmente passa por uma crise que já dura cerca de duas décadas, após a fuga das montadoras, que outrora foram a causa de seu desenvolvimento econômico. “Antes de sua fundação, a UFABC era vista por parte da opinião pública regional como um possível instrumento para superar essa crise, formando profissionais de acordo com a demanda da região. Entretanto, ela tem outra proposta: tornar-se um centro de pesquisa, transformando a região em um polo tecnológico, como hoje faz a Unicamp com a área de informática. Ainda assim, existem muitas críticas dizendo que a ‘Federal’ é apenas no ABC, e não do ABC”.
Na visão da historiadora, “a região ainda não despertou” para o potencial da universidade. Porém, ela mesma acrescenta que “ainda é cedo para dizer o que vai se fazer da UFABC nos próximos cinco ou dez anos. A impressão que fica, porém, é que ela não quer ser como a USP. Ela quer ser a UFABC: grande, mas do seu próprio jeito”.
A dissertação de mestrado Universidade Federal do ABC: uma nova proposta de universidade pública? teve a orientação da professora Sônia Maria Portella Kruppa e foi defendida em abril de 2011.
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Técnicos das universidades federais podem suspender greve dentro de dez dias
Fonte: Agência Brasil em 16/09/2011
Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Após 110 dias de paralisação, os técnicos administrativos das universidades federais podem retomar suas atividades dentro de poucos dias. O comando nacional de greve da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) decidiu, em votação, pelo retorno das atividades a partir o dia 26 de setembro. Mas a decisão precisa ser referendada, em assembleia, pelos sindicatos de cada uma das instituições de ensino.
Segundo Léia Oliveira, coordenadora-geral da Fasubra, o comando avaliou que a greve “já cumpriu seu papel político” e por isso encaminhou às filiadas a orientação para a saída unificada. Durante todo o período em que os servidores permaneceram parados, o governo negou-se a estabelecer uma mesa de negociação enquanto a categoria não retornasse ao trabalho.
“O retorno não significa que a luta vai acabar, mas ela segue para um patamar fora da greve. Vamos novamente buscar o governo já que havia a promessa de negociação caso terminássemos a greve”, disse Léia. A categoria reivindicava que o piso salarial fosse reajustado em pelo menos três salários mínimos. Segundo a Fasubra, o vencimento desses servidores atualmente é R$ 1.034. A entidade queria que o reajuste fosse incluído no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2012, que já foi encaminhado pelo governo ao Congresso Nacional.
Léia nega que o movimento tenha saído enfraquecido das negociações. “Para nós isso não é uma derrota. Quando você entra numa luta tem que estar preparado para ganhar ou perder. Vamos continuar defendendo nossas proposições e, caso não seja possível o reajuste em 2012, vamos pressionar para recuperar esse prejuízo em 2013”, avaliou.
Edição: Lana CristinaPolêmica toma conta de debate sobre inclusão de alunos surdos na rede regular de ensino
Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O debate sobre a inclusão de alunos surdos na rede regular de ensino marcou hoje (16) o último dia do 10º Congresso Internacional e do 16º Seminário Nacional de Educação de Surdos, na capital fluminense. Cerca de 800 pesquisadores, profissionais e universitários, refletiram sobre o assunto e questionaram a inclusão dos alunos com deficiência auditiva em escolas com alunos não deficientes.
A diretora do Centro e Investigação sobre a Surdez da Universidade Autônoma de Barcelona, professora Nuria Silvestre, apresentou o modelo espanhol de educação inclusiva para surdos, que não foi muito bem recebido por especialistas brasileiros presentes no evento. Introduzido na década de 1980, o modelo faz parte da política do Ministério da Educação da Espanha, que ofereceu incentivos às escolas que adaptassem a infraestrutura, o corpo docente e os métodos pedagógicos aos surdos.
Nuria defendeu a interação entre crianças surdas e ouvintes o quanto antes e explicou que, em seu país, o governo facultou às famílias essa decisão de matricular os filhos nas escolas regulares. "Esse é um meio para incluir o surdo na sociedade. Mas há todo um caminho", disse. "Sem o apoio do corpo docente e da comunidade escolar, a inclusão pode ser um fracasso", acrescentou.
A professora também explicou que, quando o governo começou o programa, criou núcleos para coordenar os profissionais especializados, disponibilizando equipe de fonoaudiólogos, intérpretes e especialistas em próteses, por exemplo. "Não há caminho se não se começar a andar", completou fazendo referência à inclusão dos alunos surdos na rede regular de ensino, citando o poeta espanhol Antonio Machado.
O modelo espanhol é contestado pela Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis), que defende, no Brasil, escolas especializadas e bilíngues para esses deficientes. A única exceção, que permitiria a inclusão na rede, com intérpretes, seria nos municípios sem unidades de referência, normalmente localizadas nas cidades grandes e médias.
A professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e diretora de Políticas Educacionais da Feneis, Patrícia Luiza de Rezende, resume como "massacrante" a situação da educação do surdo no Brasil. Para ela, a política de educação especial do Ministério da Educação "impõe uma inclusão que não atende a peculiaridades e especificidades dos surdos".
"Os surdos precisam ter uma educação bilíngue em que a língua de sinais seja uma língua de instrução e compartilhada na sala de aula. Como os surdos vão estudar nas escolas regulares se a língua dominante é a portuguesa?", perguntou a professora. Segundo Patrícia Rezende, uma pesquisa realizada entre 2001 e 2011, no país, comprova que os surdos aprendem mais nas escolas bilíngues.
Para a próxima semana, a Feneis pretende fazer uma representação, no Ministério Público Federal, contra a política de educação inclusiva em curso pelo Ministério da Educação brasileiro. A federação vai apresentar uma carta-denúncia, tendo como anexos a legislação sobre o tema, pesquisas científicas e depoimentos, justificando a necessidade das escolas especiais bilíngues para os surdos.
A discussão sobre a inclusão de surdos na rede regular tomou força quando MEC propôs o fechamento de duas instituições no Rio para estudantes portadores de deficiência.
Edição: Lana Cristina