quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Notícias sobre o ato pela educação na Paulista (24/08)

Segue um clipping com links de notícias relacionadas ao ato que professores, funcionários e estudantes da UNIFESP realizaram ontem(24/08) na Avenida Paulista. Tal ato estava articulado com a mobilização ocorrida em Brasília e faz parte da jornada de lutas que mais de 30 universidades federais tem empreendido na tentativa de negociar com o governo melhores condições de trabalho e a derrubada da proposta de lei que congela os salários de todos os servidores federais durante 10 anos.

CBN
Estado
Folha
G1
Terra
UOL
UOL fotos

Marcha Unificada reúne mais de 20 mil pessoas em Brasília

Fonte: Andes

Por Renata Maffezoli
ANDES-SN


Mais de 20 mil pessoas enfrentaram o calor e a falta de umidade na capital brasileira e marcharam juntas pela Esplanada dos Ministérios nesta quarta-feira (24). A manifestação faz parte Jornada Nacional de Lutas organizada por centrais sindicais, sindicatos de trabalhadores do serviço público e privado, movimentos sociais e populares. A passeata terminou com um ato em frente ao Congresso Nacional.

Servidores públicos federais, trabalhadores rurais, estudantes e militantes de movimentos sociais carregavam cartazes e bandeiras com eixos de luta, nos quais cobravam mais atenção e respeito às reivindicações apresentadas ao governo. Um dos destaques da manifestação foi a campanha pela aplicação dos 10% do PIB para educação pública, já!

No trajeto, diversas lideranças sindicais e de movimentos sociais fizeram falas criticando a política econômica do Governo Dilma, de redução de investimentos no serviço público e em áreas sociais, como Educação e Saúde. Os despejos de moradores por conta das obras da Copa e de Belo Monte também foram alvos de duras críticas dos manifestantes, que exigiram uma resposta imediata do executivo para o problema.

A presidente do ANDES-SN, Marina Barbosa, destacou a importância da mobilização conjunta das entidades, que devem seguir firme na luta pelas suas reivindicações. “Essa demonstração de força não pode parar aqui, nesse importante ato nacional. É preciso dar continuidade. O ANDES vem realizando assembleias para avaliar a proposta do governo e decidir os rumos da mobilização”, informou Marina. Ela convidou todos os movimentos presentes à aderirem a campanha pela aplicação dos 10% do PIB na educação pública, já!

Os manifestantes também declaram apoio aos povos da África do Norte, da Líbia, da Palestina, aos manifestantes na Europa e América Latina e ao movimento pela educação no Chile e aos trabalhadores que realizam paralisação de 48 horas naquele país.

As entidades participantes da marcha levaram suas reivindicações ao governo, Congresso Nacional e ao judiciário. Durante a manifestação, representantes das entidades foram recebidos na Casa Civil pelo Secretário Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e na Câmara dos Deputados, pelo presidente da casa, Marco Maia. Está previsto para a noite desta quarta (24), um encontro dos dirigentes o ministro do Supremo Tribunal Federal, Ayres Britto.

Casa Civil
O Secretário Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, recebeu dos representantes das entidades sindicais e movimentos sociais a plataforma unitária de lutas – veja aqui o documento – onde constam os eixos gerais de luta.

Participaram do encontro, José Maria (CSP-Conlutas), Marina Barbosa (ANDES-SN), Guilherme Boulos (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – Mtst), José Hamilton (Condsef), Quintino Severo (Central Única dos Trabalhadores) e Pedro Armengol (Central Única dos Trabalhadores) e Cléber Buzatto (Via Campesina).

Os dirigentes também apresentaram reivindicações específicas. O representante do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos, cobrou do governo ação imediata a respeito dos despejos que estão ocorrendo por conta das obras da Copa e da Usina de Belo Monte e também uma justificativa para o corte de repasse de verbas ao programa Minha Casa, Minha Vida, o que segundo ele tem inviabilizado uma série de obras que deveriam atender aos trabalhadores sem teto.

A presidente do ANDES-SN, Marina Barbosa, colocou também na mesa a questão da necessidade de maior investimento por parte do governo na educação, com a aplicação imediata de 10 % do PIB. Chamou atenção ainda para a dificuldade de negociação enfrentada por todas as entidades dos servidores públicos federais (SPF) junto ao governo.

O representante da Casa Civil disse que considera um absurdo a forma como o despejo dos moradores está sendo feita, por conta das obras da Copa e de Belo Monte. Carvalho ressaltou que a desocupação das áreas muitas vezes é necessária, mas pode ser executada de uma forma menos prejudicial às famílias despejadas. O secretário se comprometeu fazer um diagnóstico imediato dos impactos das obras e criar um fórum de discussão e acompanhamento com a participação dos movimentos sociais.

Quanto às reivindicações dos SPF, Carvalho disse que conversaria com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e com a presidente Dilma, para avaliar se existe a possibilidade de avanço nas negociações da pauta geral e das específicas.
Propôs ainda a participação das entidades em fóruns de discussão já em andamento na Cassa Civil, que tratem dos pontos abordados na plataforma unitária.

Congresso
O presidente da Câmara, Marco Maia, também recebeu dos representantes dos movimentos sindicais, estudantil e sociais a pauta elaborada pelas entidades.

O 2º tesoureiro da Andes, Almir Meneses Filho, cobrou do deputado um posicionamento da casa em relação ao percentual do Produto Interno Bruto destinado à educação pública. Segundo ele, atualmente, as verbas para esse setor representam apenas 4% do PIB. As entidades defendem que seja destinado, imediatamente, no mínimo 10% do PIB.

Maia destacou que o assunto já está sendo discutido no âmbito da Comissão Especial do Plano Nacional de Educação (PL 8035/10).

Plenária 10% PIB para Educação Pública, Já!

Na tarde desta quarta-feira (24), várias entidades que participaram da marcha compareceram à plenária da campanha "10% do PIB na Educação Pública Já!", onde foram definidos os próximos rumos da campanha, com a consolidação de comitês regionais em todos os estados, para a ampliação e fortalecimento da campanha, e a realização de um plebiscito nacional na semana da Pátria, em novembro. A próxima reunião da organização da campanha foi agendada para 5 de setembro.


Confira o álbum com mais fotos da Marcha


Crédito: Foto da reunião com Dep. Marco Maia cedida pela Presidência da Câmara. Fotógrafo: Rodolfo Stuckert.

Votação apertada rejeita greve estudantil no Campus Guarulhos

Na terça-feira(23/08/11), em uma Assembleia que reuniu quase 400 pessoas, os estudantes de Guarulhos debateram o apoio à Greve dos Técnicos Administrativos, a participação no ato do dia 24/08, além de outras questões relativas às políticas públicas pertinentes à educação, tal como o REUNI e os 10% do PIB para a educação.

A grande maioria dos estudantes demonstrou que considera justa a paralisação dos funcionários iniciada no dia 20/06/2011, no entanto ocorreu uma cisão entre os estudantes quando foi apresentada a proposta de que a UNIFESP-Guarulhos seguisse os passos de outras universidades federais do país e deflagrasse uma greve estudantil imediata como uma estratégia para apoiar a mobilização dos técnicos administrativos. Em uma votação apertada a proposta de greve foi rejeitada. Dos 373 votantes, 206(55,22%) votaram contra a greve, 152(40,75%) votaram a favor e 15(4,02%) se abstiveram.




Greve na UNIFESP Baixada Santista

fonte: A Tribuna

Assembleia define greve até o dia 31 na Unifesp

Sandro Thadeu : Segunda-feira, 22 de agosto de 2011 - 21h36

Os professores e estudantes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – campus Baixada Santista decidiram entrar em greve por uma semana. O movimento começa nesta terça e termina no dia 31. A decisão foi tomada, por unanimidade, durante assembleias realizadas na unidade da Ponta da Praia nesta segunda-feira.

Conforme a presidente da Associação dos Docentes da Unifesp (Adunifesp), Virgínia Junqueira, a categoria rejeitou a proposta de reajuste salarial do Ministério do Planejamento levada ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes): uma elevação de 4%, a partir de julho do próximo ano.

A pasta explicou que essa é a proposta final e que precisa ser assinada até o dia 31, quando o orçamento tem que ser encaminhado ao Congresso Nacional.

A entidade defende a criação de uma data-base para os professores, bem como um reajuste salarial – conforme a inflação do período – e um plano de carreira mais digno.

Manifestação

Nesta quarta -feira, às 10 horas, pelo menos 200 estudantes, professores e funcionários da Unifesp - Campus Baixada Santista participam do Ato pela Valorização da Educação Pública em São Paulo e no Brasil. O evento acontecerá no vão livre do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), na Capital.

Conforme Virgínia, durante os protestos na capital paulista, os participantes reivindicarão mais verbas para o ensino público. Também defenderão que 10% do Produto Interno Bruto (PIB) seja destinado à Educação.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Informe das mobilizações de terça-feira (23/10)

Ontem, no primeiro dia de boicote às reuniões de Residência Pedagógica(RP) uma parte da turma da tarde furou o boicote e entrou na sala, o que gerou um efeito em cadeia, esvaziando a ação. Indignados com isso, algumas estudantes que se mantiveram firmes, foram até a sala 17 dos professores, leram a carta com as pautas discutidas na paralisação e espontaneamente começaram um diálogo, que não estava programado. Os docentes presentes eram a profª Vóvio, que é a vice da profª Rosário na coordenação do curso de pedagogia, a profª Célia, coordenadora da RP, o profº Revah, chefe do departamento de educação e a profª Adriana, que coordena a RP de EJA. Aos poucos as(os) estudantes de pedagogia foram entrando na sala e se somando à conversa, expondo seus pontos de vista e ouvindo as respostas dos professores. Após esta conversa que durou quase 2 horas, os estudantes se reagruparam em uma sala de aula para traçar novas estratégias da mobilização diante desta nova conjuntura.

Em suas falas, os professores, tal qual no ano passado, manifestaram grande abertura para o diálogo e esboçaram algumas propostas, tais como criar uma comissão de ética paritária para mediar as situações envolvendo estudantes e preceptores, criar uma comissão geral da RP, também paritária, para repensar o modelo atual, além de demonstrarem uma certa simpatia à ideia apresentada pelos estudantes de que, dentro do calendário, sejam criados mais dias para se discutir a RP. Para melhorar o diálogo, os professores sugeriram que os estudantes elaborem um documento detalhando as reinvindicações.

Para avaliar o furo do boicote e esta conversa com os professores, houve uma segunda conversa, desta vez apenas entre os estudantes. A primeira parte do diálogo foi dedicada a discutir o detalhamento das pautas. Ficou combinado que quem tenha algo a declarar sobre a RP, seja uma reclamação, sugestão, depoimento, etc, deverá enviar por email para o endereço deolhonaresidencia@gmail.com, a pessoa pode "dar nomes aos bois", porém, na sistematização do documento nenhum nome será citado, nem dos estudantes, nem dos preceptores. Um grupo de estudantes se prontificou a compilar estas informações e apresentar uma primeira versão para ser discutida e votada na semana de educação. Caso mais alguém queira ajudar neste processo é muito bem vindo. Após finalizada esta etapa, os professores receberão um documento.

O último ponto discutido nesta conversa foi o boicote. Seu poder de pressão ficou reduzido após o furo e acabamos decidindo que NÃO iremos manter os boicotes nesta semana. Um dos motivos foi a própria conversa com os docentes que deixou claro que a paralisação da segunda-feira mudou a percepção dos professores sobre nossa problemática e colocou nossas demandas sob os holofotes. Por isso consideramos que ao invés de gastarmos energia nos degladiando com outros estudantes para manter um boicote já esvaziado, será melhor nos aplicarmos na construção deste documento detalhado e, é claro, continuarmos mobilizados para garantir seu acolhimento. Para aqueles que mantiveram seu boicote ontem, ficou combinado com a professora Adriana, da EJA, que todos terão a oportunidade de se inscrever, mas para isso deverão procurá-la o mais rápido possível.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Relato da Paralisação de 22 de agosto

Pedagogia,

A paralisação de ontem(22 de agosto) foi um sucesso! Nos mobilizamos a tarde e a noite para discutirmos sobre os problemas que enfrentamos com a Residência Pedagógica(RP). E demonstramos que, ao contrário do que o discurso oficial declara, a forma como a RP está estruturada é um estorvo coletivo e não somente um problema pessoal de alguns poucos.

Ao longo de amplas discussões, foram construídas algumas pautas de encaminhamento. Seguindo na mobilização ficou convocado para hoje, dia 23 de agosto, a realização de um piquete por todos os estudantes de pedagogia, com intuito de esvaziar a sala de residência pedagogica convidando as pessoas a não entrarem na reunião em forma de protesto.

Outra ponto importante, algumas pessoas já marcaram férias no emprego para o mês de setembro, estamos negociando para que estas realizem as residências normalmente no mês de setembro, mesmo sem participar dessas reuniões, para isso, precisamos elaborar uma lista, com nome completo, RA, residência que fará em setembro e email. Essa lista será entregue aos coordenadores das RP's que darão seguimento as RP's já agendadas para o mês de setembro. Portanto, é preciso que se faça um levantamento ainda hoje dessas pessoas.

Após as conversas, ambos os turnos ocuparam às salas dos 4º Termo para ampliar a discussão da RP para estas turmas também.

Seguem as pautas tiradas em ambas paralisações vespertino e noturno:

Pautas

1) Boicote as reuniões de Residência Pedagógica dessa semana - 23/08 a 26/08;
2) Reunião geral do curso com objetivo de discutir a Residencia Pedagogica;
3) Criação de uma comissão paritária entre estudantes e professores para discutir as RP's;
4) Flexibilidade de horários de aula e das residências;
5) Expansão das escolas conveniadas da rede de Guarulhos e discussão de ampliação do convênio para outros municípios;
6) Manter as reivindicações da carta elaborada pelos estudantes em 2010;
7) Autonomia para os(as) Estudantes escolherem os professores(as) preceptores(as) e suas areas para desenvolvimentos das PAP's;
8) Formação de Preceptores;
9) Manifestações para discussão da residência durante a semana de educação:
  a) primeira discussão na quarta-feira 31/08 as 18h no anfiteatro;
  b) segunda discussão na sexta-feira 02/09 as 18h no anfiteatro.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Assembléia Geral dos Estudantes da Unifesp Guarulhos

Data: Terça-Feira, 23, às 18h
Local: No pátio central
Pauta: Greve dos funcionários e Conjuntura

Convocamos todas e todos para a próxima Assembléia Geral dos Estudantes da Unifesp Guarulhos, a ser realizada nesta terça-feira, dia 23 de agosto, às 18h, no pátio central do Campus.

Nela, discutiremos a greve nacional dos técnicos administrativos pela valorização do serviço público e contra o enxugamento dos gastos sociais, assim como a paralisação nacional convocada por diversos movimentos sociais para o dia 24, dentre eles o Andes e a Adunifesp.

Comitê de Mobilização

Paralisação dos estudantes da FaE/UFMG em apoio à greve dos trabalhadores em educação

O Diretório Acadêmico Walquíria Afonso Costa da FaE/UFMG, em apoio à greve dos servidores da rede estadual de ensino, que dura mais de 70 dias, convocou uma paralisação das aulas na FaE no dia 24/08.
Nós do DA/FaE, entendemos que a paralisação das aulas é uma das formas de demonstrarmos nossa indignação com a situação da educação em nosso país em geral e do nosso estado em particular, e repudiar a forma como vem sendo tratada a negociação com os professores em greve.
O governo tenta intimidar o movimento grevista ao cortar o ponto dos professores e ao vincular noticias na mídia comprada. Porém nós estudantes daremos a demonstração do nosso apoio parando as aulas em todos os turnos e participando da manifestação em defesa da educação.
 
Defender a educação pública, gratuita, de qualidade e a serviço do povo aderindo à paralisação!!!
 
A paralisação convocada já teve a adesão dos estudantes de pedagogia do turno da manhã. Convocamos também os/as alunos/as da pedagogia e licenciatura do turno dos demais turnos, os professores, bolsistas e funcionários a paralisarem suas atividades no dia 24/08.
 
PROGRAMAÇÃO PARA O DIA DA PARALISAÇÃO
09:00h - Concentração no Hall da FaE
09:30h - Debate sobre a greve e organização para a participação na assembléia e na manifestação em defesa da educação
11:00h - Intervalo para almoço
12:00h - Saída do ônibus para a manifestação (em frente à FaE)
18:00h - Retorno à FaE
19:00h - Debate com os estudantes do noturno


Informações: dafaeousadia@gmail.com ou acesse www.facebook.com/DA.FaE.UFMG

Alckmin reduz férias de janeiro dos professores para 15 dias

fonte: Carta Capital

Divisão de férias gera tensão

ma das inúmeras assembleias realizadas pela Apeoesp em 2010  contra os baixos salários, a violência e outros problemas enfrentados  nas escolas estaduais de SP. Foto: Robson Martins/Divulgação

Uma das inúmeras assembleias realizadas pela Apeoesp em 2010 contra os baixos salários, a violência e outros problemas enfrentados nas escolas estaduais de SP. Foto: Robson Martins/Divulgação

O governo do Estado de São Paulo trava mais uma queda de braço com os professores da rede pública paulista. Com o anúncio da divisão dos 30 dias de férias de janeiro em dois períodos durante o ano, o sindicato dos professores se organiza para, a partir desta semana, fazer uma campanha em protesto contra a decisão. "Vamos lutar por todos os meios pela revogação dessa medida", avisa Maria Izabel Noronha, presidente da Associação de Professores do Estado de São Paulo (Apeoesp).

Na resolução que determina novas diretrizes para a elaboração do calendário do ano letivo, divulgada no último dia 18, os 30 dias de férias corridos que eram tirados em janeiro, passarão, em 2012 a serem dividos: 15 tirados em janeiro e 15 em julho. A ideia do governo é melhorar o planejamento anual e diz atender a reivindicações de representantes dos profissionais da educação por ocasião de visitas do secretário Herman Voorwald a alguns pólos regionais.

Maria Izabel Noronha rebate a afirmação dizendo que esses pólos envolvem cerca de 20 mil pessoas escolhidas pela própria Secretaria de Educação do Estado (SEE). Segundo ela, a Apeoesp, que envolve diretamente 180 mil associados, "não foi procurada para dialogar antes da adoção da medida". Ainda assim, a própria SEE reconheceu que, na reunião, houve pedidos para melhor organização de calendário e não para divisão de férias, de acordo com a presidente da entidade.

A atual presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, em assembleia. Foto: Robson Martins/ Divulgação

A atual presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, em assembleia. Foto: Robson Martins/ Divulgação

Segundo a diretora da Apeoesp, os professores "necessitam de um período ininterrupto de férias, suficientes para que possam estar com suas famílias". Também as escolas precisam ficar totalmente vazias por período equivalente para que possam ser realizados os trabalhos de manutenção necessários ao seu bom funcionamento."

Para o professor da faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), Ocimar Munhoz Alavarse, está claro que nenhum governo vai pedir licença para um sindicato quando for decidir o que vai fazer, "mas o sindicato precisa ser levado em conta. Essa decisão sobre a divisão das férias retoma a má relação do governo com o professorado", acredita. Alavarse afirma ainda que as férias não precisariam ser mudadas como forma de garantia do planejamento do começo do ano. "Esse argumento não me parece o mais pertinente. É possível você ter alterações no regime de planejamento mantendo as férias. De qualquer maneira, foi uma decisão unilateral."

Desde o início da administração tucana em São Paulo, os professores já entraram em conflito com o governo diversas vezes. O mais emblemático ocorreu em março do ano passado em frente ao palácio dos Bandeirantes, que terminou com dezenas de feridos entre professores e policiais. A classe entrou em greve para reivindicar reajuste salarial de 34%, incorporação imediata das gratificações e o fim das provas dos temporários e do programa de promoção. Na época, a SEE informou que não mudaria os programas criticados pelos sindicalistas, como o de Valorização ao Mérito e a criação da Escola Paulista de Professores. Para a secretaria "são esses os programas que estão permitindo melhorar a educação de São Paulo", dizia a nota.

Nesta terça-feira 26 ocorre uma planfletagem nas sub-sedes da Apeoesp, para ouvir a opinião dos professores sobre as férias divididas.