Nós do Centro Acadêmico de Pedagogia Cecília Meireles - CAPED - Gestão Boas Novas, tornamos público um breve balanço acerca da greve dos estudantes da UNIFESP. Embora não tenhamos até o momento declarado uma posição oficial da entidade, e reconhecemos essa crítica, grande parte de seus membros têm participado ativamente de todo esse processo, desde a mobilização inicial às assembléias, atos, reuniões, comissões e comando de greve. Participamos por acreditarmos que essa luta é justa e é o único caminho de conquistarmos nossos direitos dentro da universidade.
Todas as pautas (construção imediata do prédio definitivo, diminuição do preço da refeição do bandejão e fim de sua terceirização, implantação imediata da linha de ônibus Itaquera – Pimentas, construção da moradia estudantil próxima à Universidade e garantia de conclusão da graduação em oito anos de curso) são requisitos mínimos para permanência de qualquer aluno e também garantia de um bom desenvolvimento acadêmico, porém a UNIFESP não contempla esses requisitos, não somente no campus Guarulhos, mas, em seus demais campi, e como consequencia estudantes da Baixada Santista estão paralisados desde o dia 06 de Outubro.
Muitas ações vêm acontecendo e nesse processo o movimento estudantil já obteve algumas conquistas como o funcionamento da linha de ônibus Itaquera – Pimentas. Mas isso ainda é muito pouco e a continuidade da greve se dá porque os outros pontos não foram atendidos.
A Diretoria Acadêmica realizou uma audiência pública em resposta aos discentes no dia 04 de Novembro e não garantiu (documentalmente) a efetivação das reivindicações, além de afirmar ser irresolúvel a diminuição do preço do Bandejão. A reitoria recebeu uma carta unificada dos campi, elaborada em Assembléia Geral no dia 09 de Novembro na Vila Clementino, com diversas reivindicações, respondendo – a no dia 17 do mesmo mês, porém sem nenhum comprometimento efetivo de seu cumprimento.
A greve além de pressionar as instâncias administrativas fomentou discussões e impulsionou a participação de diversas pessoas que, até então, não estavam inseridas como a conquista dos Estudantes de Pedagogia que passaram a participar do Colegiado do Curso junto aos Docentes discutindo questões que afetam diretamente nossa formação como a Residência Pedagógica, um exemplo prático disso. E também o funcionamento do próprio CAPED e sua necessidade de ser mais ativo e orgânico.
Gostaríamos de saudar aos professores de Pedagogia que pronunciaram o seu apoio efetivo á luta dos estudantes se comprometendo á reposição das aulas, demonstrando o seu compromisso com a qualidade da educação pública.
Saudamos também a todos os alunos que estão construindo essa luta e defendemos que qualquer decisão sobre os rumos da greve deve ser deliberada em Assembléia, precedida pela discussão de balanço da reunião de negociação com a Direção ocorrida na última sexta feira (19).
A força do coletivo é muito maior do qualquer dificuldade que venha a surgir e podemos superar todas elas enquanto estivermos decididos a ganhar!
Guarulhos, 22 de Novembro de 2010.
CAPED - Gestão Boas Novas 2010/11.
Eu sou membro do CA mas não endosso esta opinião de que diminuir o valor do bandejão seja uma prioridade da greve. Esta briga tem sua importância, mas é secundária.
ResponderExcluirO primário é que as pessoas que não tem condições para pagar os 2,50 no bandejão recebam auxílio alimentação e outras verbas de auxílio estudantil.
Com auxílio para todos que necessitam, ninguém estaria reclamando do valor do bandejão.