terça-feira, 26 de outubro de 2010

Carta dos Estudantes aos Docentes e aos Técnicos Administrativos da UNIFESP

Guarulhos, 26 de outubro de 2010


Carta dos Estudantes aos Docentes
e aos Técnicos Administrativos da UNIFESP

Insatisfeitos, sem respostas concretas da Diretoria Acadêmica
e da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis à nossa pauta de
reivindicação, deliberamos a paralisação das aulas no
dia 21/10 em Assembléia Geral dos Estudantes.

Estamos mobilizados pela imediata construção do prédio definitivo do campus Guarulhos, a redução do preço do bandejão, o fim da terceirização do restaurante universitário, a construção de moradia estudantil no entorno do campus, a implementação imediata da linha de ônibus Itaquera - Pimentas, a garantia da conclusão de curso em oito anos.

É de conhecimento da nossa comunidade a expansão universitária ocorrida coma criação dos campi Baixada Santista, Guarulhos, São José dos Campos e Diadema. São muitas as reclamações da falta de prédios e de uma política efetiva de Permanência Estudantil.

Sabe-se que os problemas de infraestrutura afeta a todos, inclusive os docentes e técnicos, interferindo em suas condições de trabalho. Atinge também o projeto acadêmico do campus, a exemplo, a reprovação de programas de pós-graduação.

As agências fomentadoras (FAPESP e CAPES) exigem infraestrutura adequada para aprovação dos projetos. O projeto de pós-graduação em Ciências Sociais do Campus Guarulhos pode ser descredenciado por não atender o mínimo de estrutura exigido pelas agências. O curso precisou
recorrer à decisão da CAPES para que fosse implantado este ano.

Acreditamos que as melhorias nas condições de ensino e de trabalho serão conquistadas por meio da mobilização dos estudantes, docentes e técnicos administrativos, tem sido assim historicamente.

Os problemas que atingem a todos se manifestam de formas específicas e vemos nossos servidores atravessando dificuldades da ordem da insalubridade das condições de trabalho ao assédio moral. A regulamentação das atividades se limita aos editais de contratação que, por serem muito abrangentes, abrem espaço para a atribuição aleatória e desmedida das funções por parte das direções.

A incapacidade administrativa é notável. Principalmente nos novos campi a estrutura de recursos, em especial os recursos humanos, ficam muito aquém de qualquer projeto de administração. A centralização no campus São Paulo emperra todas as atividades através da burocracia e da concentração de poder de decisão.

Mesmo a estrutura recém estabelecida dos conselhos centrais, e tida como democrática, declara seu conservadorismo através da maioria de professores titulares da V.Clementino presentes em sua instância superior, o CONSU.

É importante ressaltar que os servidores em geral sofrem com a falta de informação, a falta de formação e falta de transparência por parte das pró-reitorias, que não divulgam seus procedimentos, seu modo de atuar, não realizam um planejamento claro e objetivo.

Dizem promover uma tomada democrática para a construção de uma universidade ampla e de qualidade, enquanto utilizam dos serviços terceirizados, promovendo o subemprego, a atuação das Fundações de Apoio Privadas, assim como disseminação da desinformação entre não só os funcionários como também os estudantes e docentes.

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