quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Proposta parcial do que deve ser mantido/alterado na RP

Estamos consolidando os emails e relatos enviados pelos estudantes. Esta lista será submetida a votação e a versão final do documento será apresentada aos professores.

Pedimos que todos leiam esta versão prévia, caso discordem ou concordem com algum ponto podem postar suas opiniões logo abaixo.

E caso você tenha alguma sugestão que não esteja contemplada neste documento, por favor envie um email para deolhonaresidencia@gmail.com

Estamos também recebendo os relatos de situações vividas na residência, tais relatos não irão a votação, mas serão anexados ao documento para ilustrar as motivações de nossas sugestões.
  • Maior flexibilidade: Esta é sem dúvidas a pauta mais levantada pelos estudantes, mesmo as pessoas que conseguiram concluir a RP reclamam sobre as agruras que viveram durante, as doenças que tiveram, os empregos que largaram, os filhos que desatenderam, as leituras das UCs que negligenciaram, etc. E há também os estudantes que não conseguem cursar as RPs pois não conseguem destinar um horário para ela, aqui se enquadram principalmente os profissionais da educação que só conseguem pegar férias durante os meses de recesso escolar. Agrupamos as diversas sugestões nos tópicos que se seguem:
    • Não estabelecer apenas uma forma de flexibilização, ao invés disso, criar uma comissão paritária que avalie as demandas por horários e locais diferentes, deixando o modelo imersivo nas escolas públicas guarulhenses como o padrão;
    • Ampliar o número de escolas participantes da Residência Pedagógica;
      • Inclusive em escolas de outros municípios que não somente os de Guarulhos;
      • Permitir que o estudante faça em uma escola mais próxima de seu emprego. Esta é uma demanda de profissionais da educação que trabalham em escolas muito distantes do Pimentas e não conseguiriam chegar a tempo para RP em uma escola próxima à faculdade, mas conseguiriam fazer a RP em suas cidades;
    • Flexibilização do horário: Possibilitar que o estudante dilua as horas na escola campo conforme a sua realidade permita, não sendo obrigatoriamente 5 horas por dia ao longo de dias corridos. Esta demanda sintética, inclui diversas sugestões que seguem abaixo:
      • Poder chegar um pouco depois ou sair um pouco antes e para compensar, aumentar o número de dias na escola. Na prática isso já ocorre em algumas RPs, porém, a decisão sobre isso fica a cargo do preceptor e acaba se tornando uma questão de "sorte".
      • Poder fazer o estágio ao longo de um semestre: tal flexibilização é uma demanda de diversas pessoas que trabalham com educação e não tem como abandonar seus trabalhos por um mês para se dedicarem à RP, mas que conseguiriam ir à escola uma vez por semana;
      • Fazer mais horas por dia e terminar a RP em menos tempo;
      • Frequentar a escola menos dias por semana;
      • Cada estudante que requisitasse a flexibilidade, poderia entregar ao professor preceptor uma tabela com os horários e dias da semana que poderia cumprir para em conjunto verificarem as possibilidades e as alternativas mais viáveis.
    • Regulamentar a compensação de faltas na disciplina de RP. Caso o aluno falte por motivos justos não dependa da boa vontade do professor para que não seja reprovado na disciplina;
      • Criar, nas UCs regulares, mecanismos de compensação e justificação de faltas, para os estudantes que precisarem faltar em decorrência das atividades da RP.
    • Possibilitar que o estudante do vespertino faça a RP no período da tarde e assista aulas à noite, tal como era no princípio; No caso de UCs que têm docentes diferentes, os alunos poderiam apresentar um resumo ou fichamento dos textos das aulas perdidas presencialmente e, caso percam alguma avaliação, que esta seja feita logo em seguida que retornem ao seu período normal;
    • Oferecer opções para que a disciplina de EJA seja realizada em horários alternativos pelos estudantes que trabalham à noite ou estudem no período noturno.
  • Melhor aproveitamento da experiência profissional: Este é outro tópico muito discutido pelas estudantes, muitas delas já trabalham ou estagiam com educação, porém o aproveitamento é mínimo, diante disso algumas ideias foram apresentadas:
    • Considerar a atuação profissional em uma escola como uma prática imersiva, permitindo que a estudante realize a RP na escola onde já atua. Um ponto positivo desta proposta é que permitiria que a pessoa, ao elaborar o PAP e os relatórios, reflita sobre sua prática educativa;
      • Considerar tal proposta inclusive para estágios na rede privada;
    • Maior aproveitamento da experiência de cada um, como forma de diminuir as horas de residência;
      • Incluir nesta avaliação as horas em estágios remunerados, tanto em escolas públicas, quanto particulares;
  • Excesso de atividades: Diversos estudantes relatam que a carga excessiva de atividades em uma quantidade de tempo tão condensada, acabam por gerar fadiga, chegando a prejudicar o desempenho do estudante nas outras UCs em que está matriculado. Outro efeito colateral deste excesso é a de distorcer o sentido da escrita dos relatórios, que ao invés de subsidiarem a reflexão, acabam se convertendo em um fim em si mesmo, que precisa ser preenchido para evitar uma nota baixa. Diante disso os estudantes apresentarem as seguintes propostas:
    • Diminuição do número de relatórios;
    • Tornar a RP uma disciplina regular que ocupe um dia durante a semana, de modo que a estudante possa dedicar mais tempo para as leituras e relatórios exigidos;
    • Colocar o programa da residência no final do curso, como um semestre complementar, evitando assim que a estudante tenha um acúmulo de atividades para dar conta e com a vantagem extra de que ela já terá cursado todas as disciplinas metodológicas e terá maior embasamento para decidir sobre seu PAP.
  • Subsídios para os residentes: Há diversos relatos de estudantes que se complicaram financeiramente durante o período da Residência pelas razões mais diversas: necessidade de fazer refeições fora de casa; Compra de materiais para o PAP; Gastos extras com locomoção para conseguir chegar a tempo; etc. Como agravante, há ainda a situação provocada pelo horário "integral" da RP+UCs que forçam muitas estudantes a pararem de trabalhar. Algumas sugestões foram apresentadas sobre tal problemática e são listadas abaixo:
    • Bolsa auxílio durante o período da residência;
    • Acervo com materiais escolares, tais como tintas, cartolinas, papel sulfite, canetinhas, entre outros, que possam ser usados para as atividades do PAP.
  • Residência virar um programa de extensão: Embora a forma como a RP está implementada gere impasses, em sua maioria as estudantes consideram esta disciplina como uma experiência válida e sugerem maneiras dela se tornar mais efetiva.
    • Extender a proposta de RP para um espaço onde educadores, mesmo que não estejam matriculados no curso de pedagogia, possam refletir sobre sua prática docente;
    • Possibilitar que estudantes, mesmo os que já fizeram a RP, que desejam aprofundar alguma temática na realidade em que estão imersos, possam ter acompanhamento de algum preceptor;
  • Organização da RP:
    • Criar comissão paritária e permanente para a discussão da RP;
    • Criar comissão paritária e permanente de ética para a resolução de conflitos entre estudantes e preceptores;
    • Criar comissão paritária e permanente que faça a mediação dos pedidos de flexibilização por parte dos estudantes;
    • Criar algum dispositivo como lista de espera ou comunicados frequentes sobre vagas de desistentes das residências. Se acontecer de algum aluno desistir da residência, outro aluno que tenha interesse se encaixar nessa vaga, mesmo que não tivesse se matriculado ou inscrito;
    • Manter a possibilidade do estudante se matricular para a residência ao longo do semestre diretamente na Secretaria;
    • Transparência: a coordenação do curso tem que esclarecer os alunos, desde o primeiro ano, a estrutura da residência, com seu formato e normas, alertando-os até para que eles se preparem para eventuais dificuldades pelas quais estamos passando. Temos observado que muitos têm curiosidade sobre o assunto e questionam os colegas veteranos;
    • Calendário com as datas das reuniões deve estar definido no ato da distribuição de turmas;
    • Preceptores devem ser treinados sobre como agir na escola campo e sobre o que é cada documento, avaliação, etc. Pois há muitos casos de professores novos que assumem as disciplinas de RP e ficam perdidos sobre as etapas do processo;
    • O preceptor deve mediar o processo da RP na escola campo, evitando que ocorram situações como a relatadas na RP de Gestão, na qual os estudantes precisaram procurar a escola campo e combinar sem mediação alguma, as datas e horários, levando bronca do gestor que esperava conhecer o preceptor;
    • Liberdade na escolha do PAP, que ele realmente parta da realidade da escola, não sendo adequado as áreas de pesquisa do profº preceptor;

Um comentário:

  1. Acho que o documento está bom, com várias propostas viáveis. Corrigir a palavra "extender", é com "s". Queria fazer outra sugestão, quanto aos professores formadores, os que nos recebem em sala de aula: A cada mudança de turma de residentes nas escolas, os preceptores poderiam ter uma conversa em particular com cada professor(a) formador(a) para realmente verificar ou avaliar se realmente estão interessados em receber os residentes. Pode ser que se sintam constrangidos de recusar residentes na frente dos demais professores e da equipe de gestão da escola.

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