Professores das Federais entram em
greve a partir de quinta-feira (17)
Os professores das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) irão deflagrar greve por tempo indeterminado, a partir de quinta-feira (17). A decisão foi tomada, neste sábado (12), durante reunião do Setor das Ifes, do ANDES-SN.
A greve foi aprovada sem nenhum voto
contrário, com 33 votos favoráveis e três abstenções. A reunião contou com a
presença de 60 representantes de 43 Ifes. No momento da votação estavam
presentes docentes de 36 instituições.
Reivindicações
Tendo como referência a pauta da Campanha 2012 dos professores federais, aprovada no 31º Congresso do Sindicato Nacional e já protocolada junto aos órgãos do governo desde fevereiro, os docentes reivindicam a reestruturação da carreira - prevista no Acordo firmado em 2011 e descumprido pelo governo federal.
A categoria pleiteia carreira única com
incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5%
entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário
mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de
acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho.
Os professores também querem a
valorização e melhoria das condições de trabalho dos docentes nas Universidades
e Institutos Federais e atendimento das reivindicações específicas de cada
instituição, a partir das pautas de elaboradas localmente. Vale lembrar que
estas são reivindicações históricas da categoria docente e que a reestruturação
da carreira vem sendo discutida desde o segundo semestre de 2010, sem registrar
avanços efetivos.
O acordo emergencial firmado entre o
Sindicato Nacional e o governo no ano passado, estipulava o prazo de 31 de
março para a conclusão dos trabalhos do grupo constituído entre as partes e
demais entidades do setor da educação para a reestruturação da carreira.
Por diversas vezes, o ANDES-SN cobrou
do governo uma mudança na postura e tratamento dado aos docentes, exigindo
agilidade no calendário de negociação, o que não ocorreu. A precariedade nas
Instituições Federais, em diversas partes do país, principalmente nos campi
criados com a expansão via Reuni, também vem sendo há tempos denunciada pelo
Sindicato Nacional, como mostra a matéria central do InformANDES de abril.
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